quinta-feira, 17 de junho de 2010

Espanha: uma loucura de roteiro !!!!


Não consigo pensar na Espanha sem me lembrar das "viagens" do adorável herói castelhano Dom Quixote de La Mancha. Fecho os olhos e já visualizo aquele cavaleiro da triste figura montado no seu "bravo" cavalo Rocinante, tendo ao seu lado a companhia do fiel escudeiro Sancho Pança saindo em busca de grandes conquistas...e , ainda assim, carregando no peito todo o amor e devoção pela sua doce Dulcinéia. Bela cena!!


Miguel de Cervantes nasceu em Alcalá de Henares (http://www.guiarte.com/alcaladehenares/), Espanha, em 1547. Ele deu vida ao Dom Quixote no período de 1605 à 1615. Cervantes teve uma vida nômade; passou a infância em Valladolid (http://museocasacervantes.mcu.es/en/portada/portada.htm ), estudou em Sevilla, viveu um período em Roma, foi soldado na batalha naval de Lepanto e viveu os seus últimos dias em Madrid, onde faleceu em 1616. Ele teve uma história de vida recheada de andanças e situações, no mínino, atípicas como por exemplo: ser preso e excomungado pela inquisição; viver como um pícaro, uma espécie de mendigo/vagabundo, cometendo pequenos crimes; ser capturado por corsários na Argélia (http://www.argel.cervantes.es/) , norte da África, em 1575 e permanecer escravo até 1580. Tudo isso agregado à sua genialidade deve ter servido de combustível para que a sua imaginação criasse obras tão ricas e, assim, o universo literário foi agraciado com textos que apresentam ao leitor um mundo onde há lugar para tudo e tudo é possível; onde o herói encontra na loucura a forma mais autêntica para manifestar o seu protesto.


Vejo o Dom Quixote com o poder de transportar o leitor na garupa do Rocinante e enquanto apresenta a fascinante paisagem das províncias de La Mancha ( http://www.spain.info/en/ven/provincias/toledo.html ),
Aragão (http://www.caiaragon.com/en/arbol/index.asp?idNodo=183&idNodoP=158 ) e Catalunha http://www.catalonia.com.br/catalunha.asp expôe o viajante à sensações um tanto antagônicas: prazer e angústia, dor e êxtase, sonho e decepção.O leitor passa, então, da condição de mero expectador à de um aprendiz em busca do entendimento de uma realidade tão contraditória: a vida.



Acredito que todos os que tem o privilégio de acompanhar o destemido fidalgo nas suas jornadas, volta ao ponto de partida (se voltar!) com a sua percepção de mundo alterada, com novos "olhares". Dom Quixote, com a sabedoria de todo bom desbravador, desperta no leitor-viajante a necessidade de preservação. Preservação de sonhos e ideiais, por mais bizarros que possam parecer aos olhos do outro. Pois quando esses sonhos se extinguem levam junto toda a graça e leveza da alma, levam embora o prazer da vida.



Toda a "epopéia" do Dom Quixote teve a cumplicidade do valoroso Sancho Pança, grande companheiro de viagem, visto que ele estava sempre disponível para embarcar em todas as aventuras do nosso herói.
Mas, afinal, onde estava a donzela que serviu de inspiração para a realização dos feitos heróicos do Dom Quixote? Ahh...a Dulcinéia é o que podemos chamar de grande idealização, o que não a torna menos importante na história do imortal cavaleiro, ao contrário, a "existência" dela o impulsionava cada vez mais na busca de transformação da apatia cotidiana. (http://www.patrimoniohistoricoclm.es/museo-casa-de-dulcinea-del-toboso/)
Afinal não há conquistas sem devaneios; não há amor sem idealizações; não há viagens sem fantasias e não há Espanha sem Dom Quixote!!


A Espanha conserva na sua alma todo o fogo e sedução dos seus antepassados árabes. E isso seduz!
A sua história se assemelha à de um tórrido e caliente romance, cheio de vitórias e derrotas. Ela foi conquistada, não se abateu, lutou e conquistou também. Hoje ela é imponente, vibrante e rica. Riquíssima quando se trata de cultura. A sua cultura é esplendorosa: culinária, dança, vinho, música, esportes, cinema, literatura.Tudo transborda sabor, cor e paixão.


A Espanha "presenteia" o mundo com as suas inúmeras províncias e cada uma delas é composta por belìssimas cidades: Barcelona, Sevilla, Madrid, Málaga, Salamanca, Toledo, Granada, Córdoba, Santiago de Compostela entre tantas outras. (http://www.novomilenio.inf.br/porto/mapas/nmespanh.htm )
Cidades litorâneas ou interioranas, pueblos ou metrópoles, todas impressionam pela forte identidade que possuem. Todas tem personalidade e o viajante se dá conta disso no primeiro instante em que diz o seu primeiro:" Hola! Qué tal?"


Quero aproveitar esse momento quixotesco que estou vivendo e oferecer um brinde à sedutora Espanha, sem deixar de convidar à todos para que limpem as suas armaduras, elmos e espadas e comecem a desbravar e conquistar novos universos: geográficos ou pessoais.
Besos y buen viaje!!!

4 comentários:

  1. Humm, não me agrada muito uma tourada, mas as roupas do toureiros...uauuuuu!!! belissimas! Adorei as fotos! Mas sem duvida a España é sedutora! Só conheci um tiquinho (ainda)... quem sabe ano que vem....kkkk

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  2. Oi Grazy...
    Feliz Aniversario (de novo!)
    Sim...os toureiros sao belissimos..ops, as roupas...rsrsrs
    As touradas tb são interessantes, afinal fazem parte da historia daquele povo.
    Saudades..
    Bjs

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  3. ...Também não gosto das touradas e similares. Muitas tradições são primitivas e insistir em mantê-las é negar o processo evolutivo. Mas a Espanha deve ser fascinante. Belo texto!
    bjos!
    ROBERTA

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  4. Ainn que lindo esse texto!!
    Tenho certeza que a Espanha não esquecerá nuncaaaaa dessa aprendiz de uma realidade tão contraditória: a vida. (Ameeiii issooo amiga!!)
    besoss

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