quinta-feira, 31 de março de 2011

Macacos (não) me mordam !!!



Desde pequenininha aprendi que deveria cuidar dos animais, ser carinhosa, alimentá-los...blá blá blá.
Assistia Tarzan...Mogli...Sitio do Pica Pau Amarelo...Bambi e todos os outros filminhos que falavam dos humanos com os bichinhos. O Chico Bento era o meu personagem preferido da turma da Mônica.




Cresci frequentando a fazenda e os seus arredores; curral, rios, matas, cachoeiras... Vida rural com toda a sua biodiversidade: cachorros, gatos, pássaros, porcos, galinhas, vacas, bois, cavalos, cobras, sapos, lebres, tatus, préas, grilos, tanajuras, vaga-lumes...Xiii...Uma verdadeira arca de Noé, ou será do Mazzaropi?
A vida no campo faz parte da minha história e assim aprendi a respeitar os animais. Adoro as vaquinhas com os seus bezerrinhos e amo loucamente os cavalos. No mais, eu aprecio os bichos no seu habitat natural, ou seja fora da minha casa e com a sua "pelagem in natura", sem roupinhas, acessórios e fru-frus ridículos; definitivamente a obsessão coletiva de "humanização" dos animais me choca.


Quando fui viver na "cidade grande" as férias na fazenda eram desejadas e sonhadas durante boa parte do período letivo. Sabia que lá eu viveria momentos deliciosamente simples que marcariam toda a minha vida. O aconchego de casa, o encontro com pessoas tão queridas e especiais, a comidinha preferida, os passeios à cavalo, as brincadeiras na chuva, as noites enluaradas, o cheiro do mato, o céu mais estrelado do mundo, as estórias "mau assombradas" quando faltava luz, as trovoadas, o rádio à pilha, o dominó, o fogão à lenha, a jabuticaba no pé...Lá existia tudo isso e um algo mais; algo que não se define, apenas se sente...o amor nas pequenas coisas.
Saudades..muitas!!

Vereda - Ba

E assim o "verde" sempre me acompanhou. Na época da faculdade, obviamente, defendia com unhas e dentes (e dinheiro) algumas ONGs com o discurso do "ecologicamente correto" e da "defesa dos animais". Por inúmeras vezes saí, também, em defesa das comunidades indígenas ( só não conquistei o Sting ) enviando cartas à redação de revistas questionando TUDO.
Enfim...passou.
Pois bem, quando pensei que "os céus" me protegeriam porque eu havia sido uma "boa menina" com os animaizinhos indefesos eis que surge, no meio do meu lindo dia de diversão, nada mais nada menos do que um BABUÍNO..............................Meu Deus do céu...porque justo um babuíno no meu caminho??




E a história foi assim:
Lá estava eu, linda e leve, na minha primeira visita à surpreendente África do Sul, terra do Nelson Mandela. Já havia conhecido a capital executiva do país, a belíssima Cape Town, eleita como uma das seis cidades mais belas do planeta. E é bela mesmo!

Cape Town - South Africa
                                                http://tablemountain.net/

Fui até o topo da Table Mountain; fiz compras no Waterfront; visitei vinículas e degustei dos premiados vinhos; fui à bares onde me fartei com deliciosas carnes de avestruz ao som do melhor Jazz sul africano; sobrevoei de helicóptero as maravilhosas praias e montanhas da região; senti "inveja" dos aventureiros que pulavam do maior bungy jumping do mundo...

Cape Town - South Africa
                    http://www.tourismcapetown.co.za/ctru/content/en/za/home


Cape Town - Soth Africa




Victoria & Alfred Waterfront - Cape Town
                              http://www.waterfront.co.za/Pages/home.aspx



Bungy /Bridge Jumping - Cape Town
                   http://www.uncoverthecape.co.za/extreme/bungy-bridge-jumping/

Era a hora de ver de perto o que tanto tinha lido nos livros de história geral na época em que sonhava com as férias na fazenda. Estava indo, então, conhecer o famoso Cabo da Boa Esperança, aquele que liga o Oceano Atlântico ao Oceano Índico, navegado pela primeira vez pelo português Bartolomeu Dias em 1488 ( viu que sei professora?!!)
O Cabo da Boa Esperança fica situado à 50 km de distância de Cape Town, numa estrada sinuosa que oferece um panorama deslumbrante, no Parque Nacional da Península do Cabo. O lugar é de uma beleza ímpar; encantadora. São 7.700 hectares onde o turista encontra colinas, trilhas e praias tão lindas que são escolhidas como morada pelos ferozes tubarões brancos.


Cape of  Good Hope - Cape Town
                   http://www.africa-turismo.com/africa-do-sul/cabo-esperanca.htm


Chapman´s Peak Drive
                                     http://www.chapmanspeakdrive.co.za/




Tudo isso eu via (mais do que ouvia) de dentro do ônibus em que o nosso pequeno e animado grupo havia alugado. O "nosso" guia, com o seu mix de inglês com africanêr, apresentava simpaticamente tudo o que estava à nossa volta, paisagens e vários animais que vivem no parque, protegidos como jóias raras. Em alguns momentos o ônibus parava para que alguns deles atravessassem a estrada e todos lá dentro disparavam as suas camêras como metralhadoras nos morros em tempos de guerra. Isso sem contar o momento tapete vermelho em que o ônibus parou porque, simplesmente, um dos macacos exibicionistas resolveu usar, sem recato, o meio da estrada como o local "ideal" para eliminar os seus produtos , popularmente conhecidos como número dois..., mostrando à todos que aquele parque tem dono !!! Afff ...Viva a natureza!

Babuínos em Cape of  Good Hope - Cape Town

Percebi que alí realmente era a residência dos babuínos, e obviamente, eles ficavam totalmente à vontade e sem nenhuma timidez; se posicionavam bem próximos dos veículos, dos ciclistas e possivelmente dos pedestres também.
Eu, assim como toda turista que se preze, levei na minha mochila o meu lanchinho de emergência, e muito serelepe e feliz ( afinal estava passeando por um dos lugares mais lindos e famosos do mundo) resolvi comer uma "coisinha" antes de chegar no ponto principal, Cape Point. Sem cerimônia ataquei um saco de "nachos apimentados", comendo enquanto oferecia aos "coleguinhas". Ninguém aceitou...
E no meio de inúmeros e barulhentos "chomps- chomps" do contato dos nachos com os meus dentes, eu percebi que "perdi" alguma fala do guia que talvez fosse importante, pois ouvi  um coro de "ohhhh" do grupo.
Continuei comendo feito uma toupeira até que o ônibus parou, e enquanto todos desciam, o guia se aproximou gentilmente, e me disse que eu não deveria estar comendo pois se os babuínos se aproximassem de mim poderiam (??!!!) sentir o cheiro e me atacar por causa da comida!!!!
Misericórdia...........................morri ali mesmo...........................malditos macacos...........................malditos nachos...............maldita gula......................maldita ignorância!!!!!!
Estava tudo, tudinho lá no folheto...os da "tribo da bunda pelada" são bem estressadinhos e caso se sintam ameaçados ou famintos, atacam!!!


Momento de socialização do babuíno


Naquele momento eu enlouqueci, queria deseperadamente limpar as minhas mãos, a minha boca....água, água...cepacol...listerini...álcool...qualquer coisa que me deixasse limpinha e fora da mira daqueles macacos selvagens da bunda pelada.
Feios...eles são feios. Não quero mais brincar de ser amiguinha dos animais.
Desci do ônibus, olhando para todos os lados como se estivesse fugindo da mira do 007.
Segui o resto do grupo; queria logo subir os 250 metros para me sentir protegida no topo do maravilhoso Cape Point e poder apreciar aquele cenário que encanta viajantes desde o século XV.

Cape Point - Cape
                                              http://www.capepoint.co.za/


Inicialmente eu quis me esconder e viver para sempre dentro do farol que é considerado um dos mais brilhantes do mundo, mas como não resisto à uma(s) boa(s) foto(s), logo comecei a circular por todos os lados procurando belas imagens para registrar. Então me dei conta de que a minha iminente luta contra os feiosos e esganados babuínos pelos "nachos" foi se tornando secundária.
Confesso que era impossível não me distrair num lugar tão lindo daquele. Um espetáculo de se ver. Voltei no tempo e me senti em uma das páginas do meu livro de história geral. Nota 10 !!!

Cape Point - Cape Town


Cape Point - Cape Town

Voltei para o ônibus, após uma passadinha pelo banheiro para uma limpeza geral , inclusive gargarejos por precaução, convencida de que o babuíno havia se tornado, para mim, um animal mais perigoso do que qualquer um dos temíveis "Big Five".



Bem, com babuínos ou sem babuínos, o certo é que Cape Town é deslumbrante. Destino que oferece lazer (e prazer) para todos os gostos: dos turistas que querem relaxar, que desejam aproveitar as praias, as vinículas, os restaurantes, as compras... até os super mega aventureiros que querem mergulhar junto aos terríveis tubarões brancos, querem pular num penhasco presos apenas pelo pé, querem ficar cara a cara com os respeitáveis "Big Five" num excitante safari. Acrescentando, ainda, aqueles turistas que vão à Cape Town para conhecer de pertinho a prisão na Ilha Robben onde o herói sul africano Nelson Mandela ficou preso durante 27 anos.
É muita história!!!

Ilha Robben - Cape Town
                            http://www.safrica.info/overview/portugues/patrimonio-mundial.htm#rob


Por tudo isso, e pelo poente/nascente mais colorido que já vi na vida, é que esse destino tanto me fascina!

Beijinhos ( sem nachos) !
Boa Viagem!!


quinta-feira, 17 de março de 2011

Japão, um lugar do outro mundo...





Contar historinhas engraçadas, falar sobre situações do cotidiano, expor destinos divertidos e fascinantes...são temas que me dão muito prazer e me fazem escrever com leveza. Bobeirinhas.
Mas hoje o tema é outro, e não é nem engraçado nem divertido; longe disso. Hoje decidi escrever sobre um destino que sofre por ter visto as suas cidades serem inundadas (literalmente). Uma nação que sofre com a perda de um número gigantesco dos seus habitantes. Um país que sofre com o medo do "invisível", medo do ar que precisam respirar para sobreviver. Pavor diante de um possível desastre nuclear; pavor diante de um tipo de tragédia que já faz parte da sua história.
Cenário muito real para ser verdadeiro. Melhor seria se fosse um filme, assim, bastava um click para desligar e tudo voltaria ao normal. Mas, não é filme, acredito que nem o Akira Kurosawa, o imperador do cinema japonês, ousou tanto.
Portanto, dedico hoje, os meus pensamentos e a minha solidariedade ao Japão e aos japoneses. Um povo que não faz uso do seu sofrimento como justificativa para atos egoístas e desrespeitosos. Um povo que valoriza o interesse coletivo acima do interesse individual. Um povo que consegue manter a ordem no meio do caos. Um povo que (me) apresenta o real significado da palavra ESPIRITUALIDADE.
À eles eu exponho o meu respeito e a minha admiração.



O Japão entrou na minha vida através do Ultraseven, uma série de TV japonesa, que ia ao ar na época em que eu era criança e acreditava em monstros ficticios (bons tempos...). A partir daí o Japão passou a ter, para mim, a imagem do "futuro". O Japão high tech dos robôs que se relacionam com os humanos como se fossem iguais. O Japão dos carros supersônicos. O Japão de cidades superpovoadas.


Fui crescendo e aprendendo que o Japão nâo era apenas um país cheio de robôs, de desenhos e rabiscos representando letrinhas e de nomes engraçados do tipo: kimono, saquê, arigatô, sumô, karatê...O Japão também era tradição, um país que preserva e respeita a sua monarquia da mesma forma que valoriza o Chanoyu, a cerimônia do chá, ritual que possui um elevado valor simbólico na cultura japonesa.




Já mais crescidinha ouvi falar das Gueixas e me interessei em saber um pouco mais sobre elas; foi então que descobri que ao contrário do que me havia sido dito , elas não são prostitutas. As Gueixas são mulheres que se dedicam a estudar a arte da sedução, da dança, do canto e da tradição milenar do seu povo. Elas usam trajes e maquiagens diferenciadas. Para os japoneses, as Gueixas simbolizam status, delicadeza e tradição.




Da mesma forma que os Samurais não eram soldados-suicidas, mas sim grandes guerreiros da aristrocacia que ocupavam o mais alto status social. O samurai possuia um rigoroso código de ética em que era preferível morrer à viver sem honra, sendo assim, caso o seu nome fosse desonrado ele praticava o Seppuko , uma morte dolorosa  porém, orgulhosa.




Na minha fase adulta me apaixonei pela culinária japonesa. Culinária que consegue transformar um prato composto com ingredientes crus (blargh!) em um verdadeiro manjar dos deuses. Além de saudáveis são belos e saborosissimos!!!




Atualmente, já na minha versão "mamãe", conheci os Mangás, diferentes gibis que são lidos de trás para frente e que sairam do Japão para virar tendência entre os jovens do outro lado do mundo.



Bem, eu poderia ficar dias a fio falando sobre a cultura japonesa, mas não é essa a minha intenção. Quero apenas pensar no Japão. Pensar cronologicamente no que ele contribuiu na minha vida. E, sendo assim, eu não poderia deixar de fora dessa "listinha" o meu imenso respeito e curiosidade a cerca da religião oriental : em especial o Budismo, que hoje representa quase 40% da população do país.
Acredito que é pela maneira com que eles lidam com a espiritualidade que encontram a força e a sabedoria necessárias para manter o espirito sereno e disciplinado, buscando assim as soluções para amenizar os efeitos de uma catástrofe dessa magnitute.



A superação é uma característica desse povo milenar. Assim como a disciplina, o respeito, a força, a coragem e muitas outras caracteristicas admiravéis e cabíveis em qualquer país, em qualquer situação.
Definitivamente, o Japão é invejável!!



Guenquidê né !!!

sábado, 12 de março de 2011

Paris, s'il vous plaît


Como todo jovem "neuroticamente saudávell " dos anos 90, ela também ansiava por novas aventuras e desejava ganhar o mundo no mais autèntico estilo mochila nas costas. Sonhava com os inúmeros prazeres que acreditava existir no "velho continente".
E foi assim que, numa bela e clara manhã de verão, ela conheceu a irradiante PARIS.
Ahhh...que encantamento!!

                                          http://www.paris.fr/

Era como se o levado Eros tivesse atirado, com muita força, o estoque inteiro das suas (perigosas) flechinhas à ponto de atingir toda a extensão do seu corpo; pois não era apenas o seu coração que estava acelerado. A sua alma e o seu corpo estavam contaminados de paixão. Da planta dos seus delicados pés, que sentiam a relva ainda úmida com o sereno que caiu da noite, até os seus longos e cacheados fios de cabelos que se moviam junto à suave brisa matinal.

Eros & Psique
                                                   http://www.louvre.fr/llv/commun/home.jsp


                                                         
Tudo aquilo que ela estava sentindo não era uma ardente paixão, não era uma excitação passageira. Era o mais puro e verdadeiro amor. E, daquele momento em diante, ela descobriu o que significa "amor incondicional". Sentiu-se totalmente seduzida não apenas pelo belo que lhe saltava aos olhos à todo instante, como também pelos segredos obscuros que habitavam o submundo, como uma espécie de Quasímodo à espera de uma nova vida.

Notre Dame
                                                    http://www.cathedraledeparis.com/

Passado o impacto do primeiro momento que a havia deixado em transe, era chegada a hora de desbravar cada metro quadrado daquele precioso território. E, foi assim, totalmente despudorada, seguindo apenas os seus instintos e em muitos momentos se sentindo puro ID (sem freios, sem limites) que ela vagou e divagou por horas a fio.


À medida em que ia explorando os charmosos "boulevard","quartier","rue", "avenue"," ela percebia que estava fazendo uso dos seus preciosos cinco sentidos de forma desmedida; tão intensamente que poderia provocar um colapso nas suas conexões sinápticas. Eram muitas informações.




Foi nesse contexto que ela conheceu uma garotinha passeando com a sua mãe e que , aos onze anos de idade, acabara de descobrir a magia dos cosméticos franceses. Ela estava absolutamente encantada e encantadora.


A linda Mariana


Assim é Paris!
E tal qual uma criança curiosa que explora tudo à sua volta, ela desejava manipular, cheirar, degustar, ouvir, sentir a textura, um pouco que fosse, de tudo o que via.


Sabia que estava diante de belíssimas construções que sobreviveram à muitas ameaças; era a história de um povo se materializando na frente dela.
Aqueles museus abrigavam preciosidades incalculáveis, tanto no valor financeiro e histórico, quanto em rara beleza; de forma que chegavam à provocar, em algumas pessoas, uma éspecie de transtorno chamado Síndrome de Stendhal. Mas nela provocava puro deleite.

Auto retrato - Van Gogh
                                                http://www.musee-orsay.fr/

As igrejas...meu Deus do céu!! A impressão dela era a de que as mãos daqueles que as erguerram, tão lindamente, eram mãos sagradas. Assim como, igualmente belo e sagrado era a atmosfera dos cemitérios. Local onde se encontram sepultados alguns corpos que foram habitados por almas com percepções diferenciadas daquelas dos "simples mortais". Alí, ela tocava o concreto e sentia o abstrato. Sentia a poesia!


Cimetière du Père Lachaise


http://pt.wikipedia.org/wiki/Cimeti%C3%A8re_du_P%C3%A8re_Lachaise

Tudo naquela cidade era intenso. Mesmo se ela permanecesse com os olhos fechados ela sentiria toda a beleza daquele lugar. E, naquele momento, ela se lembrou de um poema de Cazuza :

"Olhar o mundo
 Com a coragem do cego
 Ler da tua boca as palavras
 Com a atenção do surdo
 Falar com os olhos e as mãos
 Como fazem os mudos"


E era mais ou menos assim que ela se encontrava. Aguçando os seus sentidos para interagir de todas as formas possíveis. Percebeu, então, que era humanamente impossível não se comunicar com aquele deslumbrante cenário vivo.
Ao se deitar, no silêncio da noite a sua memória auditiva lhe presenteava com a melodia de belas canções francesas e adormecia ouvindo Piaf  "cantarolando"  por todos os lados: "A Quoi Ça Sert L'amour?"




Os seus dias por lá foram marcados por cheiros diversos, afinal ela estava inspirando o ar do lugar que possui os mais variados e famosos aromas do planeta! São perfumes que satisfazem o cerébro em todos os níveis: da simples lavanda que perfuma os lençóis limpos até a mais requintada fragância que se fixa na pele e torna a mulher ainda mais sedutora.

Museu do Perfume - Fragonard

                                                 http://www.fragonard.com/

Mas o aroma francês vai muito além dos belos frascos, ele aguça o apetite de todos os que desejam (e merecem) um grande brinde.
Ela queria experimentar um pouco de tudo (ou muito de tudo!): dos pastis,vinhos, champagnes...queijos, geléias, macarons, croissants...até a mais "básica" baguette.
Ela sabia que estava diante do "melhor". Aquelas pessoas produzem pratos que variam de singelas e adoráveis sobremesas até o mais exótico e peculiar escargot. Portanto, nada mais justo do que a classificação como a culinária mais famosa do mundo!!



Mesmo com apenas vinte e poucos anos ela pôde constatar que restaurantes do tipo fast food não combinavam com aquele lugar.
Uma refeição em Paris é comparável à um espetacular ato de amor, que deve ser realizado lento e cuidadosamente, valorizando cada ingrediente presente. Pratos que merecem ser degustados com os olhos, com as mãos, com a boca, com a língua e principalmente com a alma.



Foi então que, enquanto caminhava às margens do Sena, ela se deu conta de que Paris não era para ser simplesmente visitada.
Paris existe para ser calmamente vivida, pois exige que o seu "desbravador" tenha todos os seus sentidos em pleno funcionamento, que ele seja paciente e gentilmente atrevido para desnudar inúmeros dos encantos que ficam camuflados.
Ela comparou aquela cidade à uma mulher. Uma bela e sedutora mulher, que possui uma beleza explícita, encantadora, mas com uma boa dose de recato, de reservas; e que só expõe àqueles qua a conquista.  Afinal, Paris exala vida, e da forma mais elegante possível.

Rio Sena

E assim, a nossa heroina voltou para casa trazendo, em sua mochila, um pouco da angústia existencialista típica dos franceses e o grande desejo de um dia poder viver (em) Paris!!

Champs Elysses

                                             http://www.champselysees.org/



“II y a toujours quelque choe d’abient qui me tourmente”
 ( "Existe sempre alguma coisa ausente que me atormenta" )
                               Camille Claudel        


19 Quai de Bourbon - Paris


 O Pensador - Rodin
            
                                                         http://www.musee-rodin.fr/


   
Bon voyage!!











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