sábado, 25 de setembro de 2010

Bem me quer...mal me quer...

Observo, com muita frequência, a atenção que é dispensada às malas nas viagens de férias.
Elas, as malas, se tornam protagonistas em quase todas as inúmeras histórias dos viajantes recém chegados.
Tudo bem...concordo que elas são indispensáveis para que os viajantes possam transportar com segurança e conforto (!) as indumentárias que usarão enquanto permanecerem fora de casa e obviamente as usam, também, para transportar todas as "quinquilharias" que encontraram por onde passaram e resolveram trazer junto. Mas, o que me intriga é o poder que elas tem de mutação. Eu explico!
Quando o viajante começa a organizar o que vai levar para a viagem logo pensa na mala. Ela deve ter as características adequadas para o tipo de "serviço" que fará nos próximos dias. É nesse momento, o da seleção, que ela, a mala, se mostra perfeita : resistente, fiel, honesta, discreta e totalmente apta para a sua missão.


Então, aquele que era para ser um momento de tranquilidade aos poucos vai se tornando um pesadelo e elas se transformam; assim como um casal bonitinho que acredita no "felizes para sempre" e de repende, após a suposta segurança da escolha, um deles vira um dragão ditador com trinta cabeças cuspindo raios petrificantes.
Exagerei ??!! Ah, deixa pra lá.
Na verdade o que eu quero dizer é que quando a viagem está em uma etapa super mega blaster divertida e que o tal do viajante está todo feliz com as suas compritchas , louquinho para acomodar tudo na sua malinha-parceira e poder chegar em casa com um tiquinho de cada canto por onde passou, eis que surge uma nova faceta daquela, até então, fiel companheira.


E, como num passe de mágica (ou de bruxaria) ela se transforma numa criatura completamente abominável, insensível e traiçoeira. Fica imensa de gorda e começa a apresentar grande dificuldade de locomoção, e assim, acaba por deixar o seu companheiro angustiado, insone, inseguro, completamente à mercê de uma crise de pânico. E digo mais, tudo isso me leva a crer que ela, a mala, sofre de sérios transtornos de personalidade, patologias estruturais. Sem cura!!
Vou contar o "caso":
" Era uma vez três mocinhas passeando na Europa. A fala era unânime : "não vou comprar nada!! " ( hum...sei!!). Pois bem, após quinze deliciosos dias de puro ócio criativo e consumo desenfreado, é chegado o fatídico dia de organizar as malas e voltar para casa.
E começa o ritual. Tudo espalhado pela cama, pelo chão, pelos móveis...e a malinha lá, no centro, bem miúda, fazendo caras e bocas de boazinha (falsa!).
Cada mocinha no seu canto, com a sua mala e o seu drama. Muitas horas e trocentas tentivas fracassadas de organizar tudo sem quebrar, sem amassar, sem derramar e SEM EXCEDER os abomináveis 32 kg depois, só lhes restam sentar e chorar. Após algumas lágrimas derramadas e uma balança quebrada, concluiram que a única solução seria adquirir outras malas. Dito e feito!! Com malas novas e organizadas, elas, finalmente, puderam respirar tranquilamente.



No dia seguinte, seguiram para Málaga, no sul da Espanha, cidade onde nasceu o Pablo Picasso e onde pegariam um vôo para Lisboa, no oeste de Portugal, terra de grandes poetas, como Fernando Pessoa. Logo que chegaram ao aeroporto, fizeram o check in; despacharam as "trocentas" malas com 35 kg cada uma; fizeram um tour básico pelo duty free shop (para não perder o costume do consumo desenfreado), afinal ainda podiam pendurar alguma coisa no pescoço!!


Feito isso, elas desejavam acomodar-se e seguir viagem tranquilamente. Buuut...nao foi bem assim. Elas perceberam algo diferente quando foram convidadas à seguir numa van até a aeronave. Aeronave? Cadê a aeronave em que elas atravessariam a fronteira entre dois países europeus??
Elas contam que o cerébro delas nao decifravam a mensagem enviada pelos olhos...apenas seguiam o fluxo das pessoas. Foram, então, conduzidas até uma singela aeronave, do tipo "caseira", onde um homem limpava as hélices com o mesmo esmero com que uma mãe zelosa arruma o seu filhinho para o primeiro dia de aula. Elas, emudecidas, observavam a cena ainda sem acreditar que seriam transportadas por aquela "coisinha" graciosa, com capacidade para 16 pessoas.


Então respiraram profundamente, se entreolharam, desceram da van e subiram os cinco (!) degraus da aeronave ; obviamente que elas não tiveram dificuldades para identificar os seus assentos.
Após poucos minutos, todos já estavam acomodados, cintos apertados (tal qual um espartilho de donzela do século XVIII); olhos esbugalhados; mãos suadas e geladas; respiração fraquinha (por conta do cinto??) e as orações na ponta da língua.
De repente, eis que surge aquele "moço" simpático que limpava as hélices e começa a distribuir sorrisos e caixinhas com lanche (tipo Mc lanche feliz - que mimo!). Pensaram, então, que só faltava fechar a portinhola, ops, a porta para levantarem o vôo. Mas, não aconteceu assim. O tempo estava passando e elas só ouviam um zunzunzun indecifrável até para a mulher biônica (alguém se lembra da audição dela?) que vinha lá de fora. A temperatura estava cada vez mais alta, já beiravam os 45°. E nem sinal do piloto.
Finalmente aparecem alguns homens, inclusive o mesmo da hélice e do lanchinho, suando em bicas, esbaforidos empurrando uma mala do tamanho de um mastodonte pela porta adentro daquele micro avião.
Todos que estavam à bordo assistiam espantados àquele espetáculo de luta, do tipo vale tudo. E foi um tal de empurra para lá, empurra para cá...soca daqui, soca dalí...puxa...estica... até que conseguiram "acomodar" a gorda mala na primeira poltrona do avião.
Acreditem...segundo elas, eles haviam acabado de embarcar uma robusta mala rosa naquele vôo. E o mais surpreendente foi o fato de que a "nobre passageira" pertencia, exatamente, à uma das mocinhas, uma das nossas protagonistas. É claro que elas disfarçaram e fingiram nunca terem visto aquela coisa gigante."
Esse episódio só fortalece a minha crença de que as malas possuem vida e personalidade próprias. Essa, por exemplo, era totalmente histérica e, possivelmente, claustrofóbica. Por isso ela se recusou a viajar no minúsculo compartimento de bagagem.
Pois é, depois que a "princesa rechonchuda" ficou acomodada, com o cinto afivelado, finalmente levantaram vôo.
Ohhh....e sabe aquele "moço" da hélice, do lanche e da mala? Era o piloto também!! Multifuncional...Bem valioso.


Elas contam que se sentiram fazendo parte de um daqueles filmes que passam na "sessão da tarde", tipo os de Indiana Jones, cheio de aventuras e improvisos. Com a adrenalina entrando em ebulição à cada vez que o piloto "estudava" o mapa antes de apertar algum botão, enquanto o co-piloto se deliciava comendo o lanche da caixinha e lendo revistas de fofocas sobre as celebridades européias.
Era tudo muito inusitado, mas de uma coisa elas estavam certas: aquela mala, insuportavelmente antipática, não seria extraviada; e junto à sua dona logo fariam planos para uma nova viagem!!
Uma verdadeira relação de amor e ódio!





Beijinhos.
Boa viagem!!


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

zzzzzzzzz.......



Feriado, fim de semana prolongado, recesso...seja qual for a denominação para esse esperado e merecido período de ócio (criativo, sempre!) o desejável é aproveitar essa pequena pausa para relaxar, curtir uma preguiça, pegar um belo bronzeado ou se ocupar com qualquer outra coisa que dê prazer.
O nosso próximo feriado é o do dia sete de setembro, data em que comemoramos a independência (?) do Brasil. É uma excelente oportunidade para valorizar as riquezas naturais, gastronômicas, arquitetônicas e culturais da nossa bela pátria amada idolatrada salve, salve!! Um bom momento para ficar pelo lado de Cá, afinal é sempre agradável conhecer/rever lugares que tem a nossa "cara", o nosso DNA.
Às vezes ficar em casa morgando, vendo um filminho, lendo um livro, organizando gavetas, dormindo, testando receitas ou recebendo amigos pode ser uma escolha sensata. Mas a opção em dar uma circulada pelas imediações ou ir um pouco mais longe é sempre tentadora e bons roteiros não faltam.
Enfim, não importa a escolha: ficar por perto, ir um pouco mais além ou relaxar em casa. O importante mesmo é o movimento que se faz em direção ao bem estar que "recarrega" as energias para voltar à rotina.
Bom descanso...
Boa viagem!!
Beijinhos...
                                                         Corumbau - Ba - Brasil


Corumbau - Ba - Brasil
Tiradentes - MG - Brasil

Praia do Forte - Ba - Brasil
Alcobaça - Ba - Brasil
Lençois - Ba - Brasil
Praia de Saquaíra/Itacaré - Ba- Brasil
Macacos - MG - Brasil
Belo Horizonte - MG - Brasil
Salvador - Ba - Brasil
Salvador - Ba - Brasil
Arraial D´ajuda - Ba - Brasil
Prado - Ba - Brasil
Cumuruxatiba - Ba - Brasil
Cumuruxatiba - Ba- Brasil
Praia de Itacimirim - Ba - Brasil
Vereda - Ba- Brasil
Porto Seguro - Ba - Brasil

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